colégios vocacionais

Também chamados ginásios vocacionais, foram escolas pioneiras, nos anos 60, na rede pública de São Paulo. Os cinco colégios vocacionais do Estado, que funcionaram de 1962 a 1969, continham uma proposta pedagógica revolucionária e representaram um marco na história de educação paulista por adotar a democracia como prática pedagógica. De acordo com Ângela Tamberlini, no livro “Os ginásios vocacionais”, trata-se de uma experiência tão bem sucedida que o governo militar, receoso de sua repercussão, de seus objetivos políticos e de sua possível expansão, violentamente a extinguiu em 1969 e seus idealizadores foram presos como subversivos da “ordem”.

Entre as experiências dos colégios vocacionais destaca-se a pesquisa junto à comunidade, que favorecia o trabalho coletivo do planejamento curricular. Com isso procurava-se, na construção do currículo, trazer a realidade social para o interior da escola, levando em consideração as expectativas, as necessidades e os problemas mais cruciais da população. Além disso, o processo de avaliação nessas escolas era considerado revolucionário por substituir as notas por conceitos. Os alunos se auto-avaliavam em relação aos objetivos, aos métodos e estratégias, conteúdos, conceitos, atitudes, e se atribuíam um conceito que era confrontado no Conselho de Classe.

COMO CITAR ESTE CONTEÚDO:
MENEZES, E. T; SANTOS, T. H. Verbete colégios vocacionais. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2001. Disponível em <https://educabrasil.com.br/colegios-vocacionais/>. Acesso em 15 mai. 2024.

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